sábado, 31 de outubro de 2009

Lápide



Os ventos sussurram na noite sombria,
Uma negra atmosfera maquéia a floresta.
As arvores dançam no ritmo da sinfonia
Passaros mergunham no horizonte velado
Pela métrica da melodia.

Lua e estrela observam o momento místico
Beijam a brisa da vida.
Pétala se deleita sobre a lápide
Triste realidade da existência
um ser corajoso e vivaz em outrora
Aqui jaz apodrecido da carne ao pó
Alimento dos vermes e fertilizante da terra
Cultiva suas fecundas raízes que brotam
à luz do sol, ausente agora a seus olhos.

A chuva vem e abraça o túmulo
Quebra o silêncio e faz gritar as criaturas
A noite se oculta e cessa a canção
O amanhecer desperta e traz luz à floresta,
então olhos desaparecem na névoa
em busca de abrigo cercado de escuridão.

Círculo vicioso o ritual continua
A espera de uma nova vítima
Outro cadáver enfadonho
Sepulcro seu destino fatídico
Lápide sua companhia eterna.

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