terça-feira, 24 de novembro de 2009

Duas Caixas

Esse pequeno texto é inspirado e é fruto da palestra que houve no ano de 2008 no salão do livro realizada em Palmas/To. O palestrante foi o Filósofo e Educador Rubem Alves. Tentei resumir o que foi dito na palestra.

Somos selados, moldurados e acarrentados a esse mundo de mentalidade tecnocrática onde o pragmatismo impera.
Para Santo Agostinho carregamos duas caixas, na mão direita levamos a caixa de ferramentas, nela encontram-se os objetos de fins práticos, como a tesoura que corta, a caneta que escreve, borracha que apaga, cadeira, mouse, teclado etc... Ferramentas práticas que possuem suas respectivas funções para efetuar determinada atividade, utilizados no dia a dia são objetos que não nos dão prazer, usamos e descartamos. Ja na mão esquerda carregamos a caixa de brinquedos, nela está tudo aquilo que é inutil e que não possui função alguma, mas nos dão prazer. Como a Poesia, Literatura, Filosofia, Música e todas as formas de expressão artística. Hoje tudo aquilo que não tem um retorno imediato é descartado. O poema para ser lido é preciso interpelar em seu tecido, perpassar e ir em direção do caminho mais profundo de nossas essências, ele é vida mas é inutil. O que fazemos com ela? Para que serve o poema se ele é inutil? O que é o poema e para que serve? Só existe uma forma de descobrir mergulhar em seus fios...Ainda existem pessoas sensíveis capazes de captar o mais belo poema, capazes de interpelar nas entrelinhas e ver o mundo mais visível! Viva ao Poeta.

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