
Nas noites sombrias
Caminho entre ruas silenciosas
E solitárias,
Ouvindo sussuros e gemidos
A procura de seus passos.
Contemplo o céu taciturno,
Vazio de estrelas
E ausente da luz translúcida
Do luar!
Atravesso o manto da noite,
Abraço a vertigem
E destruo as tormentas
E o frio inóspito que congela;
Ouço os ecos dos meus pensamentos
E o batimento do coração
Que pulsa ofegante e aceleradamente
Sedento de poesia e de amor.
Meus olhos penetram nas sombras,
Quebram as correntes gélidas dos ventos
E pecorrem entre as torrentes ríspidas
Em busca dos seus.
Vago solitário pelas ruas escuras
Na tentativa de te encontrar
E nos teus braços me perder
E em súbito instinto beijar as cifras
De palavras de seus lábios.
Nas noites sombrias
Almejo te encontrar,
Tua face de sonhos e magias tocar
E despido das sombras
Em realidade transformar:
A tempestade em felicidade,
Noite em dia, trevas em luz
E dor e amor em poesia.
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