sábado, 25 de dezembro de 2010

Tempo, poderoso tempo!


Tempo, poderoso tempo!
Seu enlaçe caleja amarras
Atadas pelas forças impiedosas do destino.
Impetuoso e indomável,
Em sua calçada constrói experiências humanas
E no espelho marcas que tange dores infidáveis.

Tempo, poderoso tempo!
Vem sem freio e sem medida
Abatendo a vida.
Despi o véu dos dias,
Come gradativamente a carne
E definha o corpo
Inundando a pele de rugas.

Tempo, poderoso tempo!
Esquarteja vorazmente
E dissipa a vaidade do homem,
Deixando dores e angústias
Intermináveis.

Tempo, poderoso tempo!
Queria quebrar seu ciclo
Desenhar meu próprio destino
E ter seu domínio
Mas sou um mero boneco em sua roda
Que gira implacávelmente
Como um rolo compressor
Devorando e ursupando minha vida
Sem o meu consetimento.

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